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28 de Abril, 2025 - 06:45
Atendimento a bebês prematuros cresce 24% nos Bancos de Leite Humano de MT


                                Secretaria de Estado de Saúde também registrou aumento no total de mães doadoras e da quantidade de leite humano coletado



O número de bebês prematuros atendidos pela Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), cresceu 24% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado.



Segundo dados da SES, 324 bebês foram atendidos entre janeiro e março de 2024. No mesmo período de 2025, o número subiu para 401.



Os números da secretaria apontam também que foram doados, no primeiro trimestre deste ano, 763 litros de leite por 578 mulheres em seis unidades de coleta no Estado.



No mesmo período de 2024, foram doados 704 litros por 484 doadoras, o que representa um aumento de 8% no volume de leite captado e de 19% no número de mães doadoras.



Já o volume de leite humano distribuído aos recém-nascidos internados também cresceu 22%, na mesma comparação, passando de 444 litros para 542 litros.



Além disso, foram realizados ainda 3.414 atendimentos individuais dentro dos bancos de leite humano e 161 atendimentos em grupo, realizados coletivamente nas enfermarias neste ano.



O número de visitas domiciliares — parte da rotina das unidades de coleta para buscar semanalmente o leite doado — aumentou 9%, passando de 600 para 654 visitas.



O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou a importância da doação de leite humano para o atendimento a bebês prematuros.



“Agradecemos a todas as mulheres que se comprometem com essa causa tão nobre. Graças à solidariedade delas, conseguimos aumentar tanto o número de doadoras quanto o de bebês atendidos, o que demonstra a eficiência das ações da SES para a promoção da amamentação”, avaliou.



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, a amamentação deve ser feita de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida.



“Doar leite humano é um gesto de sororidade entre as mulheres e de solidariedade com os bebês que precisam de leite humano para seu melhor crescimento e desenvolvimento, evitando que esses prematuros recebam fórmulas infantis comerciais, desnecessariamente”, afirmou Rodrigo Rodrigo Carvalho, técnico responsável pela área da Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, e Alimentação Complementar Saudável, da Coordenadoria de Promoção e Humanização da Saúde da SES.



Após a doação, o leite humano passa por testes. A Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano fez 8.185 análises no primeiro trimestre para garantir a qualidade do leite doado, sendo 1.976 exames microbiológicos, 3.437 crematócritos e 2.772 de acidez dornic.



“A primeira etapa é identificar se há alguma sujidade no leite doado e se a cor e o aroma estão característicos. Depois, realizamos análises de acidez, do teor calórico, por meio do crematócrito, que mede a quantidade de gordura do leite pasteurizado, e testes microbiológicos, que identificam se o processo de pasteurização eliminou as bactérias patogênicas”, explicou Rodrigo.



Em Mato Grosso, quatro unidades hospitalares possuem Bancos de Leite Humano (BLH) para atender a alimentação de bebês prematuros e oferecer leite materno pasteurizado: Hospital Geral e Hospital Universitário Júlio Muller, em Cuiabá; Santa Casa de Rondonópolis e Hospital São Lucas, em Lucas do Rio Verde. Além destas, a rede conta com duas unidades de coleta de leite humano.



SES aumenta ações para aumentar doações



Para aumentar ainda mais a captação de leite humano em Mato Grosso, a SES realiza ações para sensibilizar os hospitais que realizam partos a instalarem um Posto de Coleta de Leite Humano. Já aqueles que possuem Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo) devem instalar um Banco de Leite Humano.



“Fazemos reuniões online frequentemente, visitas técnicas nas Regiões de Saúde e encaminhamos orientações para os Escritórios Regionais de Saúde (ERS)”, explicou Rodrigo Carvalho.



A coordenadora de Promoção e Humanização da Saúde, Rosiene Pires, acrescentou que a SES, ao longo do ano, realiza encontros, oficinas e seminários.



“Essas ações buscam o fortalecimento da Amamentação na Rede de Atenção à Saúde, ampliando a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) na Atenção Primária à Saúde. Além disso, a SES também faz certificação de novas salas de apoio à amamentação, acompanhamento no processo de habilitação de Hospital Amigo da Criança, apoio e acompanhamento aos Bancos de Leite Humano e ações ativas da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)”, destacou Rosiene.



Como e onde doar?



Para doar, é necessário que toda mulher ou pessoa que amamenta esteja saudável e não faça uso de medicamentos ou substâncias contraindicadas durante o período de amamentação. Se atender a esses critérios, além de ter passado pela triagem clínica e ter qualquer quantidade excedente de leite, está elegível para a doação.



Pessoas interessadas na doação podem se cadastrar em uma das seis unidades de coleta de leite humano nos municípios de Cuiabá, Rondonópolis, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde.



Cuiabá:

BLH Dr. José Faria Vinagre – Hospital Geral

Contato: (65) 3363-7035 – segunda a sábado



BLH Hospital Universitário Júlio Müller

Contato: (65) 3615-7203 – segunda a sexta



Posto de Coleta Femina

Contato: (65) 2128-9183 – segunda a sábado



Rondonópolis:

BLH Santa Casa Rondonópolis

Contato: (66) 3410-2785 – segunda a sexta



Tangará da Serra:

Posto de Coleta Hospital Santa Ângela

Contato: (65) 3311-1900 – segunda a sexta



Lucas do Rio Verde:

BLH Hospital São Lucas

Contato: (65) 3548-4134 – todos os dias


Fotos por: SES-MT
Fonte: Luiza Goulart | SES-MT
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24 de Abril, 2025 - 16:27
Prefeitura de Alta Floresta suspende atendimento de fonoaudióloga a crianças com autismo; mães cobram volta do serviço


Mães que integram a AMA/AF – Associação de Amigos do Autista de Alta Floresta se reuniram ontem, quarta-feira (23), para expor um problema enfrentado por cerca de 160 crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista, desde o mês de março, a prefeitura de Alta Floresta suspendeu o atendimento realizado por uma fonoaudióloga que atendia as crianças.



A associação que representa a causa no município de Alta Floresta busca exatamente nesse momento, o direito básico de várias crianças do município, o acompanhamento a uma fonoaudióloga. A profissional realizava o atendimento quinzenalmente, pois se deslocava de Nova Bandeirantes para atender em Alta Floresta.



A presidente da Associação de Amigos dos Autistas de Alta Floresta, Cassiane do Nascimento, falou a imprensa sobre a situação enfrentada.



“Nós estávamos tendo o acompanhamento de uma fonoaudióloga que vinha de Nova Bandeirantes para fazer os atendimentos aqui nos finais de semana, tivemos esses atendimentos cancelados. Sem alguma justificativa plausível que tenha falado para a gente. Esses atendimentos foram suspensos desde o finalzinho de março, as famílias não estão tendo mais esses atendimentos e a gente veio cobrar do município, cobrar da prefeitura que volte esses atendimentos, porque a comunidade autista já nem tem muita coisa, a gente nem tem muitos tratamentos e acompanhamentos aqui. E aí o pouco que a gente tinha, que era essa questão da fono, que vinha e esses atendimentos ainda também eram escassos, eram de 15 em 15 dias, 30 minutos, mas era o que as famílias tinham”, disse.



Cassiane disse que houveram algumas conversas, tanto com o prefeito Chico Gamba, com o vice Robson Quintino e também tentaram entrar em contato com o secretário de saúde Marcelo de Alécio, mas ele não está na cidade.



“Eles nos passaram que iriam verificar, mas nunca chegou para a gente, olha, cortou. Cortou devido à falta de dinheiro ou algo assim, nenhuma declaração formal até a gente não chegou”, acrescentou.



Isabel Ferro mãe de criança com autismo também expos a sua preocupação com a suspensão dos atendimentos.



“Muitas vezes teve falas de profissionais que pediram para dar alta para esses autistas, né? A alta da fono, mas o autista não é assim, três meses, quatro meses para poder ter alta com a fonoaudióloga, porque é um processo demorado, lento, né? E tem a regressão, ele pode estar falando aqui hoje, amanhã, ele esquece tudo”, disse.



Juliana Ferreira revelou que a situação é desesperadora. “É desesperador porque eu, como mãe, consegui levar meu filho apenas quatro vezes para o atendimento com a fono. Ela é maravilhosa! É pouco o tempo que a gente tem com ela, de meia hora, mas é muito, teria sido uma grande vitória para a gente, essa conquista da fono aqui, porque eu levo meu filho para fora para fazer tratamento, porque aqui em Alta Floresta não tem um tratamento para ele”, desabafou.



A clínica que realizava o atendimento as crianças, emitiu nota de esclarecimento, informando que diante dos fatos ocorridos neste último mês de ABRIL/2025, a prefeitura de Alta Floresta havia cortado os atendimentos fonoaudiológicos de todos os pacientes, sem ao devido comunicado entre os prestadores de serviço e muito menos com as famílias dos pacientes.



“Estamos na última semana do mês de abril de 2025, e hoje de forma muito rasa e sem muitas informações nos comunicaram sobre a volta dos atendimentos, portanto iremos continuar com o nosso trabalho de forma ética e profissional como sempre foi nos últimos meses, porém, não nos foi informado sobre: Quantidade de sessões liberadas e nem sobre se todos retomaram os atendimentos, ou seja, quantidade de atendimentos por pessoa”, diz a empresa.



A nota emitida pela empresa acrescenta que os custos são gerados e arcados totalmente pela empresa para esta prestação de serviço, desde o profissional até o espaço onde estão sendo as terapias. “Portanto não conseguiremos mante vagas a disponibilidade da prefeitura como foi feito neste mês, sem ter o fluxo de atendimento que foi fornecido, então, serão chamados e ordenados da forma com que a regulação autorizar e os outros horários não preenchidos serão disponibilizados para atendimentos de outras vias: Convênios e particulares”.



A empresa finaliza dizendo que coloca a disposição para maiores esclarecimentos.



“Gostaria da compreensão de todos visto que estamos na mesma posição que vocês pacientes, diante das decisões da regulação da saúde e prefeitura. Qualquer dúvida sobre a lista que será liberada pela regulação procurar o CEM”, finaliza a nota.



*com informações de Daiane Carvalho – TV Nativa


Fotos por: Caique Balack - TV Nativa
Fonte: Notícia Exata
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